IGI 2 Covert Strike segue esta mesma linha de ação. O problema é que a continuação acabou resultando em um game muito inferior ao original. Na verdade, IGI 2 carece de um desafio mais consistente. Muitas vezes, o jogo acaba se transformando em apenas mais um shooter em primeira pessoa. Ou seja, o truque do jogo é se manter o máximo possível em silêncio, porém isto não chega a ser essencial. Se a tática da retranca não funcionar, parta para o ataque simples e direto como no bom e velho Doom.
O jogador assume o papel do agente secreto inglês David Jones, ex-soldado da SAS, serviço das forças aéreas especiais da Inglaterra, que agora trabalha para uma organização militar secreta norte-americana chamada IGI. A trama começa imediatamente após os eventos do jogo original, Jones é designado para operações militares sigilosas, infiltrando-se em bases aéreas, portos e instalações terroristas localizados em territórios inimigos. As histórias se passam em países como China, Rússia e Líbia. São 19 missões ao redor do mundo.
IGI apresenta fases amplas e elaboradas, pelas quais Jones deverá se esgueirar evitando ser descoberto pelos guardas, acionar os alarmes ou ser detectado pelas câmeras de segurança. O sistema de física utilizado está entre os mais realistas do PC. Algumas armas têm um recuo, o que dificulta o tiro e, outro detalhe interessante, quando você é atingido por uma bala, perde o equilíbrio e a visão fica borrada por um instante.
Um dos destaques em IGI 2 é o arsenal disponível (mais de 30 armas), que traz o que há de mais moderno em matéria de espionagem e tecnologia bélica. São diversos tipos de facas, revólveres, metralhadoras de grande porte, sub-metralhadoras, fuzis e rifles de alta precisão com capacidade de zoom e muitos explosivos.
O game também reforçou (embora nem tanto assim) a inteligência artificial dos inimigos e criou um novo sistema para salvar os jogos, o que força o usuário a decidir estrategicamente quando e onde deve recorrer ao salvamento de seu jogo. Algumas missões são mais desafiadoras, principalmente as que se passam à noite. Se a tática de infiltração não for bem-sucedida, o jogador não precisa se desesperar. Jones dispõe de um sistema de comunicação pessoal ligado a um satélite de espionagem, revelando a posição dos inimigos e demais ameaças em potencial.
No fim das contas, o jogador vai passar mais tempo atirando do que se escondendo em IGI 2 Covert Strike. O game perde na comparação com outros sneaker-shooters como, por exemplo, Splinter Cell. De qualquer maneira, os amantes de jogos em primeira pessoa não vão se decepcionar.
IGI 2 tem gráficos e som muito bem-elaborados. O movimento dos inimigos é convincente, as texturas e os efeitos de luz são excelentes. Já o modo multiplayer de IGI 2 é apenas razoável. Apesar de não ser indicado para os fãs mais radicais do estilo sneaker-shooter, IGI 2 Covert Strike é um daqueles jogos que vale a pena conhecer.
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