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Battlefield 2: Special Forces

Battlefield 2: Special Forces

 

A série Battlefield gosta de diversificar seus temas. No caso de Battlefield 1942, Road to Rome priorizou os confrontos italianos e sicilianos da segunda guerra mundial, enquanto Secret Weapons of WWII se preocupou em retratar armas secretas e protótipos de veículos que, supostamente, estavam sendo criados na época.

Já em Battlefield 2, Special Forces foca nas forças especiais, aqueles soldados bem versáteis que utilizam armas avançadas e aparatos de alta tecnologia como diferencial nos combates. Sendo assim, podemos esperar algumas novidades em termos de equipamentos, além de novos mapas e veículos, que sempre fazem parte do pacote.

Marcha soldado, cabeça de papel

Com Special Forces, a EA decidiu enfatizar os combates entre soldados a pé, por isso adicionou certas novidades e mapas que tendem a estimular tais confrontos. Os veículos, sempre muito utilizados em todos os jogos multiplayer, agora têm menor importância, aparecem em menor quantidade e muitas vezes têm o uso um pouco limitado devido ao desenho dos mapas.

Entre os inéditos, a expansão conta com o Desert Raider, um jipe de 6 rodas com 3 metralhadoras fixas; os helicópteros Apache e Hind; o ATV (All Terrain Vehicle), uma moto de quatro rodas apenas para transporte; o tanque leve BMP3, ideal contra infantaria; os carros e caminhonetes civis, também apenas para deslocamento; e o Jet Ski, que carrega um só combatente e é mais veloz que um barco comum.

Na expansão não existem aviões, os helicópteros podem ser utilizados em 2 ou 3 mapas apenas e os tanques pesados são raríssimos. Os veículos que mais aparecem são os de menor porte e mais ágeis, de grande utilidade para reconhecimento de território, fuga e deslocamento de tropas e soldados individuais para as áreas de conflito, mas que não são especializados em combate.

Como o foco agora é nos soldados, um bom número de exércitos está disponível: Navy SEALs americanos, SAS britânicos, Spetznaz russos, as forças especiais da coalizão do oriente médio (MEC) e mais dois destacamentos rebeldes especiais, sendo que cada um tem o seu visual típico e fala uma língua própria.

Com novos exércitos, espera-se novas armas. Em relação às primárias, Special Forces conta com 7 novos tipos: Rifle de curto alcance SCAR-H, rifle de longo alcance SCAR-L, rifle de assalto F2000, rifle de assaulto G36E, metralhadora leve MG-36, submetralhadora compacta MP-7 e lança-foguetes RPG-7. Como era de se esperar, a maioria desta armas são de alta tecnologia e outras versões modernas de modelos mais antigos.

Estas três adições ¿ novos veículos, exércitos e armas primárias ¿ têm as suas particularidades e aplicações ideais, são muito bem modeladas, seguindo o nível de qualidade de BF2, e valorizam a expansão, mas não conseguem trazer novos elementos à jogabilidade ou renovar a experiência do jogador. Na prática, são apenas versões visualmente diferentes do que já foi visto no jogo original.

Equipamentos que fazem a diferença

Algumas armas secundárias e equipamentos inéditos são verdadeiramente os "personagens" principais em Special Forces, e os responsáveis por tornar os confrontos on-line um pouco mais cadenciados e táticos que os de BF2.

São eles:

- Grappling Hook: Um gancho com uma corda que, quando arremessado, se fixa em qualquer superfície e cria uma ¿escada¿. Com ele, os jogadores podem escalar paredes e construções mais baixas, o que aumenta bastante a mobilidade do soldado. Apenas as classes Infante e Anti-Tanque possuem o grappling hook;

- Zipline: Tem uma utilização quase que contrária do grappling hook, que é descer de locais altos. É uma besta que atira uma fecha com uma corda, capaz de fixar no chão e virar um ¿escorredor¿ para uma plataforma mais baixa. Apenas as classes Sniper e Forças Especiais podem utilizar o zipline, mas outros soldados podem aproveitar a corda aliada para descer. Assim como o grappling hook, o zipline deve ser recolhido após o uso;

- Flash Bang: É a famosa granada de luz, que cega temporariamente os combatentes que olharem para a sua explosão. Incapacitados visualmente, os inimigos se tornam presas fáceis. Apenas os Infantes vêm equipados com o flash bang;

- Tear Gas: Também já muito conhecida em jogos de tiro, a bomba de gás lacrimogêneo confunde e desorienta quem respirá-lo. Enquanto seu efeito não passa, o combatente fica completamente atordoado. Equipa somente a classe de apoio (Support);

- Night Vision Goggles: Os óculos de visão noturna trazem muita tática ao jogo e são especialmente úteis nos 3 mapas noturnos de Special Forces. Por um lado é um equipamento muito útil, uma vez que permite combater no escuro como se tivesse de dia. Por outro, pode ser perigoso ao seu usuário pois cria um clarão em locais de melhor iluminação que podem esconder um inimigo. Os óculos de visão noturna potencializam a explosão de uma granada de luz, fazendo com que o seu usuário fique cego por muito mais tempo;

- Gas Mask: A máscara de gás protege o usuário dos efeitos das granadas de gás lacrimogêneo, mas diminui a velocidade de locomoção e restringe um pouco seu campo de visão. Assim como os óculos de visão noturna, todas as classes de soldados podem utilizá-la.

Além destes itens, outro elemento ajuda a tornar Special Forces um jogo mais cadenciado, tático e baseado em confrontos entre soldados: os mapas. São 8 cenários inéditos, sendo 3 noturnos:

- Devil¿s Perch: Situado na costa do Líbano, é um mapa noturno bem variado, misturando partes abertas e outras cheias de pequenas construções. Seu terreno bastante irregular não favorece a utilização de veículos;

- Ghost Town: Uma cidade abandonada perto do Mar Cáspio. Seu centro tem edificações, o que favorece os atiradores de precisão, e as partes mais externas são mais abertas. Este é um dos poucos mapas em que temos helicópteros;

- The Iron Gator: Na versão para 16 jogadores, este mapa acontece apenas em um porta-aviões americano. Nas versões para 32 e 64, uma pequena porção de terra também serve de palco para os combates. Dentro do navio existem muitas salas e corredores claustrofóbicos, ótimos para combates rápidos com armas de curto alcance;

- Leviathan: Outro mapa noturno, desta vez baseado em uma base naval no golfo pérsico. Ao contrário da maioria dos mapas, este tem água no centro e terra firme a toda volta. É um dos poucos que valem à pena utilizar veículos;

- Mass Destruction: Situado nos arredores de uma fábrica de armas químicas abandonada. É um dos mapas mais abertos, que permite confrontos francos para quem estiver a pé ou a bordo de veículos;

- Surge: Este parece uma mistura de alguns mapas de Battlefield 2. É amplo, com estradas irregulares e pontos de controle bem espalhados. Veículos de transporte são altamente recomendáveis aqui, mas os aéreos não estão presentes. É um dos poucos mapas de Special Forces que não tem água;

- Warlord: Baseado em Fallujah, no Iraque, este mapa é 100% urbano. Os confrontos acontecem nas ruas, becos e nas edificações, que dominam quase todo o território.

Apesar de não ter elementos que renovem a experiência de Battlefield 2, Special Forces tem novidades bem vindas, que dão uma certa cadência à jogabilidade e adicionam um pouco de tática aos combates. Poderia ter trazido mais conteúdo, mas pelo fato de ser uma expansão de um dos melhores jogos multiplayer do mercado, é uma adição bem recomendável.

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