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Titan Quest

Enquanto a Blizzard sequer menciona planos para Diablo III, os fãs do estilo ganham um clone para saciar um pouco da vontade. Usando a mitologia grega com pano de fundo, Titan Quest pode não ser exatamente inovador, mas é uma fonte garantida de diversão por todas as 40-50 horas necessárias para concluir seu modo singleplayer.

No jogo, o personagem deve interferir em uma briga antiga de deuses e titãs, sendo que os últimos estão comandando uma horda de criaturas mitológicas para aniquilar os humanos. Esse exército interminável, que conta com sátiros, harpias, mortos-vivos e muitos outros, são os inimigos que o jogador deve vencer para salvar a antiguidade dos temíveis titãs.

É inevitável uma comparação de Titan Quest com Diablo II. Não apenas por ser o mesmo gênero: o estilo de jogo é extremamente similar, e mesmo detalhes como poções de cura vermelhas e de "mana" azuis, itens raros amarelos, artefatos roxos, Town Portal, e outros, estão presentes no novo jogo.

Mas apesar das fortíssimas semelhanças, existem pontos em que o jogo traz inovações: o personagem começa o jogo sem precisar escolher uma classe; apenas ao alcançar o segundo nível que deve-se escolher uma "Mastery", que é algo semelhante as classes dos RPGs de ação. Dentro das "Mastery" existem as diversas perícias disponíveis para o personagem, desbloqueáveis com o passar de nível. E para aumentar ainda mais a variedade de personagens possíveis, existe a possibilidade de obter uma segunda "Mastery" alguns níveis adiante. As "Mastery" existentes são: warfare, defense, hunting e rogue, que são relacionadas a guerreiros; e também earth, storm, nature e spirit, que funcionam como escolas de magia.

Mas apesar da grande gama de personagens possíveis de se criar ser um convite a realizar várias jornadas em Titan Quest, o jogo falha nesse aspecto por não contar com monstros e mapas aleatórios como em Diablo. Não é estimulante enfrentar os mesmos inimigos nos mesmos lugares, e encarar esta sensação de déjà vu durante as mais de 40 horas de jogo de Titan Quest será tão desanimador que nem a possibilidade de criar personagens diferentes deve sustentar o interesse.

Talvez, para compensar essa falha, Titan Quest conta com um editor de níveis completo, que possibilita criar novos mapas, modificar criaturas, e criar novas campanhas. A ferramenta não é exatamente simples, mas é provável que em breve sejam encontrados muitos mods interessantes do jogo na internet, e aí sim vai valer a pena experimentar novos personagens.

Além do editor de níveis, a ausência de mapas aleatórios pode ser justificada pelo capricho no cenário do jogo. Os mapas são bem detalhados, variados e em grande maioria, coerentes. Não existem cavernas ou castelos caóticos, tudo se encaixa com certa lógica, o que, de certa forma, facilita a exploração.

E ai está a principal diversão de Titan Quest: explorar os mapas, matar os monstros, pilhar os corpos, ganhar experiência e passar de nível. Sobre a pilhagem, algumas novidades interessantes: enquanto em Diablo, pressionar o botão Alt destacava todos os itens no chão, em Titan Quest existem 3 níveis da mesma função. No primeiro, são destacados todos os itens; no segundo, os de má qualidade são excluídos, e no terceiro, apenas os objetos raros são destacados.

Este recurso de seleção facilita bastante o saque aos cadáveres dos monstros, não apenas pelos motivos óbvios, mas por que em Titan Quest o "loot" é farto e a quantidade de itens inúteis tem potencial para incomodar. Os itens encontrados nos inimigos mortos também são bem coerentes: enquanto animais e feras não deixam nada, em corpos de soldados centauros sempre é possível encontrar as armas e armaduras que o mesmo usava.

Os bons itens encontrados podem ser tão úteis quanto fontes de problemas no modo multiplayer cooperativo do jogo, uma vez que o sistema não especifica o dono de cada item como nos RPGs modernos, mas deixa o saque a critério do bom senso de cada um. A campanha pode ser curtida com até cinco participantes simultâneos online, e o lobby online é muito prático na hora de encontrar parceiros para a jornada: mesmo que alguém esteja em um nível superior, é possível rebaixa-lo ao nível dos outros para manter a graça e o desafio.

Visualmente, Titan Quest é de altíssima qualidade e conta com cenários muito bem elaborados e caprichados. Os três países em que a campanha se passa (Grécia, China e Egito) são bem caracterizados e bastante distintos, e os personagens e animações são igualmente bem trabalhados e adequados ao gênero.

Um problema que acontece, porém, é a queda na taxa de quadros por segundo, principalmente em combates em massa, que não são incomuns no jogo. Mesmo em sistemas que ultrapassam com facilidade os requerimentos recomendados do título, a queda acontece. Ainda assim, visualmente Titan Quest vai além do necessário para um jogo de RPG de ação.

Mas enquanto a arte trabalha bem, sonoramente o jogo surpreende negativamente. A trilha sonora é comum e esperada, assim como os efeitos sonoros, que ficam na mediocridade, bem distantes do brilhantismo sonoro de Diablo 2. Já as dublagens, às vezes são interessantes, mas na maior parte das vezes inexpressivas e desnecessárias. Em um balanço geral, o som do jogo é mediano, pendendo bastante para o ruim.

O Veredicto: Titan Quest pode não ser a grande revolução nos RPGs de ação (e na verdade está bem longe disso), mas é uma ótima alternativa para passar o tempo dos fãs que esperam Diablo III. Seguindo a mesma fórmula da série clássica da Blizzard, o novo jogo da Iron Lore é divertido e compensa quase todas suas 40 horas com um bom mata-mata de monstros e belos visuais. Apesar de não ser muito animador jogar o modo singleplayer uma segunda vez como no jogo que o inspirou, talvez o editor de fases possa trazer novidades interessantes por parte de fãs na internet, e valorizar ainda mais a aventura.

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