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Half-Life 2

Depois de muuuitos atrasos, polêmicas, roubos do código-fonte do jogo, prisões, mais atrasos, vídeos alucinantes e especulações sobre sua história, chega aquele que é, sem dúvida, o jogo mais esperado dos útimos tempos. E chega arrasando. Vamos ver o que Half-Life 2 nos oferece.

 

Esta seqüência nos coloca novamente no papel do cientista Gordon Freeman, desta vez na Cidade 17, controlada pelo ex-administrador de Black Mesa. Não sabemos como chegamos até lá, não temos nem idéia do que temos que fazer e certamente não imaginamos como tudo acabará. Só descobrimos que estamos desarmados e sem o nosso adorável pé-de-cabra.

A primeira coisa que salta aos olhos são os cenários, bastante amplos e transbordando de detalhes... mas não apenas gráficos, estamos num cenário vivo, pessoas movendo-se de lá para cá, guardas, pássaros voando, ruído de vozes aqui e ali. A cada passo dado vemos algo totalmente novo, dá vontade de conversar com todos os personagens e tocar todos os objetos que se vê.

A ambientação é excelente, em cada capítulo do jogo somos jogados diretos no que se vê e se escuta do ponto de vista do nosso herói. Isso faz com que nos arrepiemos em algumas ocasiões, quer seja pela sensação de medo ou por uma volta inesperada no curso dos acontecimentos.

Os movimentos e gestos dos personagens são também geniais, os guardas percebem nossas intenções de entrar em alguma sala de acesso restrito e nos cortam o passo com seus cacetetes elétricos. Se continuamos incomodando e nos dão o aviso final, cuidado: darão golpes de verdade.

Cada capítulo é totalmente diferente, seguimos na mesma linha da história mas não é a mesma coisa passar pela praça principal da Cidade 17 totalmente desarmados em vez de liderando uma equipe de soldados rebeldes, ou seguindo numa lancha pelos rios, conduzindo um buggy topa-tudo no melhor estilo Mad Max, lidando com zumbis ou cuidando de nossas queridíssimas aranhas-tigre.

Se em Half Life o máximo que podíamos fazer com os objetos era empurrá-los ou atirá-los (e não todos), pegar caixas e empilhá-las para resolver os variados quebra-cabeças que Half-Life 2 nos oferece é algo de muito normal. E cuidado, às vezes o mais óbvio é o que mais custamos a adivinhar para seguir avançando.

Os gráficos não deixam ninguém indiferente, o engine desenvolvido pela Valve é capaz de funcionar perfeitamente tanto em interiores quanto em exteriores, simplesmente ficamos de boca aberta. Queriam fazer com que parecesse o mais realista possível.

Ao contrário da maioria dos outros jogos, você poderá desfrutar de HL 2 com um computador relativamente limitado com uma fluidez assombrosa. Claro, se você tem um computador top de linha com uma placa gráfica atualíssima, obterá um detalhe gráfico incrível. O que importa é que todos podemos aproveitar Half-Life.

Cada personagem é uma obra de arte com seu cabelo, seus olhos brilhantes, sua roupa, seus ossos e músculos... na verdade, na cara se contam até quarenta músculos faciais diferentes para fazer com que todos os gestos sejam críveis. E acredite em mim: eles são.

Os inimigos são os mais variados, de guardas a naves voadoras, passando por aranhas-tigre, aranhas rainhas, zumbis, artilharia futurista, aves pernaltas, comedores de cabeça saltadores, tudo parece nos perseguir... além do próprio ambiente, que, às vezes, se volta contra nós.

Para combatê-los, temos um arsenal completo e uma vez que consigamos o pé-de-cabra o restante será muito fácil. Também contaremos com duas classes de pistolas, outras tantas de metralhadoras com seus correspondentes disparos secundários, a mítica besta, a bazuca, granadas e mais... Vamos, é mais ou menos tudo o que tínhamos antes.

A principal novidade é o modificador de gravidade, que vem a ser um utensílio-arma que nos salvará de mais de uma encrenca. Com ele poderemos levantar objetos de dimensão e peso consideráveis e lança-los longe sem sequer nos despentearmos. Podemos pegar barris e usá-los como escudo ou simplesmente atirá-los em grupos de soldades para fazer autênticos massacres.

Outra utilidade do modificador de gravidade é devolver a esses soldados tão simpáticos as granadas que lançam sobre nós como se fossem bolas de tênis. Quanto às motoserras voadoras... é simplesmente indispensável tê-las... contra as torres inimigas para tombá-las sem complicar-nos muito a vida. Falando de torres, sem entrar muito no por que para não revelar nem uma pitada da história, poderemos chegar a usá-las para defender-nos dos ataques de batalhões de aliados que querem nos prender.

Cuidar das aranhas-tigre (ou nos aproveitarmos delas) será outra de nossas tarefas na frenética luta para salvar o mundo do desastre. Utilizando boa isca, essas ferozes e malvadas criaturas chegarão a ser tão doces quanto um cachorrinho. Eu ficava com muita pena cada vez que algum morria.

Além disso, teremos às nossas ordens todo soldado rebelde que cruze o nosso caminho, pois nos adoram completamente e acatarão tudo que lhes dissermos sem fazer nenhuma pergunta. Em muitos momentos teremos a sensação de estar jogando Counter-Strike só que com armas futuristas, vasculhando cada canto à procura de qualquer inimigo escondido.

Você certamente tem algumas dúvidas como "É mais difícil que Half Life 1?", "Quanto tempo vou demorar para terminá-lo?", "Valeu a pena esperar?", "Vale o preço que custa?" e, claro, "Sairá um Half-Life 3?".

Bom, pessoalmente achei os quebra-cabeças são mais fáceis de resolver (para o bem ou para o mal), ainda que haja, é claro, exceções. Em qualquer caso, simplesmente precisaremos nos fixarmos bem nos detalhes do que nos rodeia, nada está colocado simplesmente "porque sim", mais ou menos tudo tem sua função no mapa.

Quanto ao jogo ser mais ou menos longo, dependerá das horas que passarmos jogando. De qualquer maneira, ele foi feito no tamanho certo da história: mais curto, deixaria água na boca; mais comprido se tornaria desesperador... além disso, se este jogo durasse um mês para mim, seria um mês sem sair de casa. Vicia e muito.

Recomendo que você vá com calma, fixando-se em cada um dos muitíssimos detalhes que há para desfrutá-lo completamente. Fale com todos os personagens que encontrar, arrebente toda caiixa que encontrar, explore toda a zona. Se for com calma e no nível de dificuldade alta, você poderá levar várias semanas jogando. Se, ao contrário, você quer devorá-lo, há gente que o completou em oito ou dez horas.

Sim, valeu mesmo a pena esperar todo este tempo, não existe tempo físico para detalhar tanto um jogo, provar que as vozes sejam as mais adequadas, criar os cenários... sim, digo tranqüilamente que valeu a pena a espera. E o preço, se compararmos com qualquer outro jogo, vale do primeiro ao último centavo que custa.

Half-Life 3 tem que ser uma realidade, o final desta segunda parte fica suficientemente aberto para fazer várias partes a mais. Também poderiam fazer uma ligação entre Half-Life e Half-Life 2 ou expansões à altura de Opposing Force e Blue Shift, ambas estupendas, onde víamos o que acontecia com Black Mesa do ponto de vista de um soldado e de um guarda de segurança, respectivamente.

Pontos negativos... muito poucos. Algum erro de luz aqui e ali (principalmente com a luz solar) e os muitos problemas que estão tendo aqueles que compraram o jogo em sua versão física, graças ao discutível sistema de verificação online (o famigerado steam). Afinal, não faz muito sentido ter de usar a Internet para jogar um game offline.

A versão multijogador oficialmente não existe, mas parece que não teremos que esperar muito para, pelo menos, nos envolvermos em lutas a golpes de pé-de-cabra por aí. Também se fala que sairá um modo cooperativo para nos divertirmos entre vários amigos.

As modificações também não demoram a chegar, esperemos que saia algo bombástico como foi Counter-Strike em seu momento (quem o viu e quem o vê...), para tornar a espera por futuras seqüências das histórias de Gordon Freeman mais suportável.

Resumindo, Half-Life 2 já nasce como um clássico dos games. Dá vontade de começar de novo até quando estamos na metade do jogo, simplesmente para viver novamente cada um dos detalhes que ele tem. Gráficos muito vistosos mas otimizados para poder jogar em quase qualquer máquina. Uma trama interessante, bom gosto e muita vontade de voltar a vestir nosso traje de proteção (que, certamente, agora tem zoom). E que não se diga que segundas partes nunca foram boas.

Pressinto que deixo de falar muitas coisas, mas o resto é indescritível. Deve-se jogá-lo.

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